segunda-feira, 1 de agosto de 2011

agapornis


Com seus encantos na aparência e temperamento, este é um verdadeiro pássaro de estimação.

Ele é um dos pássaros mais populares no mundo pela facilidade de criar em cativeiro, temperamento manso que o faz subir no ombro e dormir no nosso colo e beleza com grande diversidade de cores, exibidas nas 43 mutações existentes.
Habita o continente Africano. A espécie Cana vive na Ilha de Madagascar e outros ao redor. Foi descoberto em 1793 e trazido à Europa em torno de 1860, na sua cor selvagem verde. Hoje, graças aos criadores, encontram-se muitas colorações, como cara laranja, branca, vermelha, amarela, e corpo canela, azul-pastel, malva, violeta, arlequim (pintas aleatórias), branco, amarelo, verde-dourado (golden cherry) e várias nuances dessas cores.

DIVERSIDADE

Faz parte do grupo das Araras, Papagaios, Tuins e Cacatuas, todos da família dos Psitacídeos. Possui 9 espécies: Cana, Taranta, Pullaria, Swinderiana, Roseicollis e as de aro branco ao redor dos olhos - Fischeri, Personata, Lilianae e Nigrigenis. Dentre elas, a mais popular é a Roseicollis que cria melhor em cativeiro e tem mais cores, 17. Originalmente é verde com a testa e metade do peito em vermelho "degradé". O Fischeri, verde com testa e peito laranja avermelhado, é também muito procurado. Suas mutações, no total de 10, são relativamente recentes. Ameaçado de extinção, só pode ser comercializado anilhado. O Pullaria é verde com testa e pescoço vermelho forte com bordas amarelas e, debaixo das asas, cinza (fêmea) ou preto (macho). É o mais sensível e difícil de procriar em cativeiro. Já o Swinderiana, de cor verde intenso, não é criado em cativeiro por só comer um tipo de figo nativo. O Cana é o menor, com cerca de 14 cm e tem apenas 1 mutação. A cor selvagem do macho é verde com cinza no pescoço, cabeça e papo e na fêmea tudo é verde com um sombreado preto na cabeça. O Taranta, originalmente verde-garrafa com máscara e só o macho com testa vermelha, é o maior alcançando 17 cm.

BRINCADEIRA

Depois de acasalado, dificilmente um casal se separa, permanecendo unido até a morte. São sempre vistos na natureza, voando aos pares dentro do bando. Carinhosos, trocam "beijos" e alimentos dentro do bico, com o parceiro. Comem geralmente no chão, sementes, cereais, milho e frutinhas silvestres. Muito mansos, ativos, cheios de energia e curiosos são excelentes animais de estimação, especialmente quando alimentados na mão desde filhotes. Daí, aprendem a confiar e a se divertir conosco. Empoleiram-se e aninham no colo, assobiam para nos chamar, respondem ao nome e podem aprender uma série de truques. Adoram passar horas com brinquedinhos e fazem mil acrobacias.

FICHA

Alimentação: Dois potes. Um com de mistura de sementes (girassol, painço, painço verde, alpiste, aveia com casco, cártamo, niger e colza) e outro com farinhada à venda em lojas (3 partes de CéDé - ração para Agapórnis - e 1 parte de complemento - semente germinada de trigo, milho verde cru debulhado e verduras, exceto alface). Na procriação e para o casal com filhotes, dê diariamente ¼ de giló ou 1 pedaço de 3 a 4 cm de milho cru. Para afiar o bico e o necessário reforço à mãe na procriação, dê pedra de cálcio.
Instalações: o ideal é um gaiolão de arame galvanizado de 80x50x50cm para um casal. Podemos empilhar até 3 dessas gaiolas sobre um pedestal a 50 cm do chão, sem prejudicar o manejo. Em viveiro colocar aves da mesma cor e de 1 só espécie, mesmo assim podem brigar. Para 2 casais, use os de 1x1x1m e até 4 casais 2x1x2m. Em local com sol da manhã, sem correnteza, não abafado ou quente (ajuda alastrar doenças respiratórias e mata filhotes dentro do ovo). O mínimo de poleiros (nos gaiolões só 2) e com 2 diâmetros (um pouco menor que um cabo de vassoura e outro de 12,5 mm). Comedouros e bebedouros de cerâmica vitrificada ou de louça.
Procriação: ninho de caixa de madeira vertical ou horizontal, próprio para a espécie, com abertura de 5 cm e poleiro de 4 cm na frente, no fim do verão e por 3 posturas até separar os filhotes com 60 dias. Em viveiros, pôr bem distante e 50% a mais de ninhos que de casais. Retirar o ninho por 3 a 4 meses para descanso dos pais. Forração: palha de milho, palha de vassoura, chorão, capim barba-de-bode, talo de coqueiro ou palha de embalagem de frutas e louças. Os de aro branco preferem roer madeira de pinho ( a das caixas de maçã). É importante desvermifugar (vermífugo de amplo espectro) antes do acasalamento para evitar ovos atravessados. Põem de 3 a 7 ovos. Eclosão de 22 a 24 dias. O Cana, Taranta e Pullaria têm dimorfismo sexual. Para identificar os outros consulte um criador.
Agradecemos a Paul Richard Wolfensbereger, criador de Agapórnis pela consultoria.
Reportagem e redação: Carmen Olivieri. Edição de texto: Marcos Pennacchi
Foto: Fernando Torres de Andrade
Prop.: Brazilian Ornamental Fishes

papagaio caracteristicas


Hábil imitador da fala humana e de outros sons, como assoviar canções, o divertido Amazonas aestiva aestiva é o Papagaio mais popular em nosso país, entre as 27 espécies do genero Amazonas, das quais 10 encontram-se no Brasil. Ele é encontrado do Nordeste à Foz do Iguaçu e na região central brasileira.
Dócil enquanto jovem, é nessa época que devemos acostumar o Papagaio ao nosso convívio. Alimentado no bico fica muito manso e, se ensinado, aprende a falar (prefere as vozes femininas), pegar objetos e a se empoleirar em nosso dedo e ombro. Ao tornar-se adulto, aproximadamente aos 4 anos, exige mais paciência e pode nos machucar com bicadas sem qualquer aviso, não sendo por isso recomendável para crianças. Pode viver até 60 anos, desde que criado adequadamente.

VIZINHOS


É normal os papagaios gritarem com relativa freqüência. No viveiro, o fazem por cerca de meia hora ao amanhecer e quando estimulados por sons como os de outras aves. É importante levar isso em conta antes de criá-los, para evitar problemas com vizinhos.
Passam mais tempo andando e escalando do que voando, não necessitando de grandes espaços. Podem ser criados soltos, bastando cortar pela metade as penas voadeiras de uma asa (as mais compridas, na extremidade). Uma vez por ano é preciso repetir a operação.

FILHOTES


Formar casais e cruzá-los é uma opção interessante, facilitada agora pelo novo Criadouro Conservacionista instituído pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente). Uma vez por ano, geralmente no outono, ocorre a muda das penas. Três a quatro meses após, a ave estará pronta para o acasalamento. Nesta época separa-se um casal e coloca-se em um viveiro próprio para a procriação. Uma vez formado, o par deverá ser mantido nos próximos acasalamentos. A tentativa de aproximação de um novo casal deverá ser feita com cuidado, pois nem sempre o macho aceitará a fêmea.
Na época do acasalamento não querem ser incomodados. Por isso, é bom alimentá-los por fora (os de estimação são mais agressivos por temer menos as pessoas). A fêmea põe no máximo 4 ovos brancos. Sai do ninho duas ou três vezes por dia e se alimenta muito pouco. No período de incubação, por volta de 28 dias, o Papagaio tolera a inspeção de seu ninho, mas é temerário fazê-lo quando está nele. Nos primeiros oito dias só a mãe alimenta os filhotes com comida que ela mesmo busca e que podemos reforçar com pão com água e milho verde cru ou cozido. A seguir, pai e mãe alimentam os filhotes juntos. A mãe os aquece dia e noite até 3 semanas antes de sairem do ninho, o que costuma ocorrer entre 60 e 70 dias. Durante ainda uma semana são alimentados pelos pais e a partir do 15° dia podem ser separados ou não dos pais, os quais podem voltar ao viveiro comunitário.

FICHA

Característica do adulto:cor predominantemente verde, combinada com azul na fronte e ao redor do bico; amarelo no topo da cabeça, em volta dos olhos e em pontos da garganta; vermelho (ou vermelho e amarelo) nas extremidades superiores das asas e base da cauda e preto no bico e margens de plumas no pescoço e parte superior do peito.
Características do jovem:cores mais pálidas em especial na cabeça. A íris do olho é marrom escura (laranja no adulto).
Distinção dos sexos: os machos são geralmente maiores, com a íris de coloração mais viva, as faces e frontes mais coloridas. Na época do acasalamento emitem gritos mais estridentes. O laparoscopia é o exame veterinário mais acessível e 100% seguro para indicar o sexo. Feito nas clínicas veterinárias, permite visualizar o órgão sexual por dentro.
Instalações:se criado em viveiro, este deve ter no mínimo 5m de comprimento x 2 m de altura x 2m de profundidade e pode acomodar vários papagaios. Para a procriação é preciso separar o casal, em uma gaiola de, no mínimo, 1m x 60 cm x 60 cm e com 1 ninho (caixa de madeira de 40 x 40 x 30 cm no lado de fora da gaiola, sem forrar). Os poleiros serão de madeira, com espessuras variadas, não passando por cima dos coxos d’água e de comida, para não sujá-los com detritos.,
Alimentação:é importante diversificar. Tudo pode ser servido cru. Frutas e verduras variadas à vontade. Grãos de aveia, milho verde, arroz integral com casca, girassol, alpiste e trigo integral. Acrescente carne ou ração canina uma vez por semana. Diariamente, pode-se dar pão amolecido com água adicionado de vitaminas e sais minerais (sob orientação veterinária). Não dar amendoim nem comida gordurosa.
Para roer:para exercício, limpeza do bico e distração, pode-se fazer uma pedra tipo reboque de parede, com cal (30%) e areia (70%) ou dar tocos e gravetos de árvores (verde ou em decomposição). Se nada fornecermos, roerão os poleiros

sobre canarios

Nome científico: Serinus canaria

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Fringillidae
Género: Serinus
Espécie: canaria

Outros nomes
Canário-do-reino ou Canarinho

Origem
Esta ave tem origem nas ilhas Espanholas das Canárias, na costa ocidental do continente africano, sendo por esse motivo bafejadas com os ventos quentes que vêm do Saara. O tempo agradável que durante todo o ano abençoa este território pode ter tido influência para a sua sobrevivência neste arquipélago.

Quando os primeiros navegadores trouxeram este animal para a Europa continental, estavam muito longe de saber o que iria acontecer cinco séculos depois, quando o Canário se tornou uma ave de companhia em muitas habitações, principalmente no sul da Europa, nos países mediterrânicos, e no Brasil.

O belo canto do macho depressa cativou a atenção destes homens do mar, que prontamente capturaram os primeiros espécimes, para trazer na volta para casa.

No entanto, a ave que, em geral, conhecemos com esse nome já é uma mutação dos canários originais.

A gaiola
Nesta espécie, o macho canta, julga-se que para arranjar companheira. Por esse motivo, quando não é época de criação, é normal vermos os machos separados das fêmeas, para cantarem com mais frequência.A fêmea limita-se a piar, e não com muita insistência.

Esta espécie tem necessidade de andar constantemente a saltar de poleiro para poleiro, pelo que é aconselhável ter vários poleiros na mesma gaiola. A gaiola deve ser rectangular e comprida.

Como a maior parte das aves, o Canário gosta de apanhar os primeiro raios de sol da manhã e os últimos da tarde, por isso tente que pelo menos uma dessas fases lhes seja facultada, principalmente a da manhã.

Deve evitar colocar a sua gaiola em sítios onde haja corrente de ar, e quando, durante o dia, está sol, proteger a gaiola, para que o sol não incida directamente nas aves.

Outro aspecto fundamental é ter sempre uma banheira com água limpa e fresca, os canários adoram tomar banho!

A criação destas aves em cativeiro é relativamente fácil, basta juntar o casal na Primavera e pôr um ninho apropriado dentro da gaiola.Passados alguns dias, em regra, a Canária faz a postura e está pronta para chocar os ovos.

Um dos problemas mais comuns na criação destas aves, é a fêmea, na fase da postura, ficar com um ovo atravessado. Há algumas formas de tentar ultrapassar este problema. Uma delas, a mais simples, é untar a cloaca da canária com um produto lubrificante, quase sempre resulta.Importante mesmo é estar atento na época da postura, se o facto de untar a canária não resultar, dirija-se rapidamente a uma casa que venda destas aves ou a um criador que tentará certamente ajudar com a sua experiência.

Alimentação
A alimentação para os canários é fácil de encontrar, qualquer casa da especialidade, ou mesmo as grandes superfícies, vendem comida apropriada, alpista já misturada com as vitaminas necessárias.

A água deve ser mudada todos os dias e, se estiver ao sol, deve ser mudada com a regularidade necessária para estar sempre limpa e fresca.

Como complemento alimentar, pode dar aos Canários alguns legumes frescos, desde que sejam bem lavados em água corrente.

Mantenha sempre, no fundo da gaiola, alguns grãos de areia, estas aves gostam de engolir pequenas pedras para ajudar na sua digestão.

Esperança de vida
O tempo médio de vida destes animais é de cinco anos. Normalmente, é uma perda sentida pela família, principalmente porque se habituou ao cantar do macho, e de repente vai sentir a sua falta. Esteja preparado para essa eventualidade.

periquitos informações basicas

ome científico: Melopsittacus undulatus

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae
Género: Melopsittacus
Espécie: M. undulatus

Outros nomes
Periquito-comum
Periquito-australiano

Origem
Ave natural da Austrália, está para os australianos como os Pardais estão para os europeus, podendo ser encontrado com muita facilidade em qualquer cidade ou vila deste país.

Curiosamente, a cor destas aves na Natureza é apenas o verde, sendo que todas as outras cores que conhecemos são mutações decorrentes da criação em cativeiro.

Hábitos
Vivem em bandos de muitos animais, por isso, é uma excelente ave para ter em viveiro comunitário.
Extremamente brincalhões e tagarelas, fazem barulho para chamar a atenção, seja piando, seja batendo com algum dos seus brinquedos.

É possível ensinar estas aves a repetir algumas palavras, mas necessitam de muito tempo e atenção para começarem a «falar».

Dimorfismo sexual
Para distinguir o macho da fêmea, basta olhar para a coloração da zona das narinas, que nos machos é azul, e nas fêmeas, rosácea.

A gaiola
A vantagem dos Periquitos é não necessitarem de gaiolas que ocupem muito espaço, já que a sua dimensão não ultrapassa os 16 cm.

Como muitas outras aves, o Periquito gosta de tomar banho, principalmente durante o Verão, por isso coloque na gaiola uma banheira com água limpa e fresca, para que ele o possa fazer.

Reprodução
A criação destas aves também é relativamente simples, uma vez que basta ter um macho de qualquer idade junto de uma fêmea jovem, para a criação poder concretizar-se com sucesso. Assim, se pretender fazer criação, no início da Primavera coloque uma caixa-ninho na gaiola, e poderá ter novidades a qualquer momento.

Alimentação
Quanto à alimentação, é muito fácil de adquirir, já com as sementes e vitaminas necessárias misturadas. Se pretender fazer criação, deve ainda fazer um suplemento vitamínico de papas, que também encontrará com muita facilidade em lojas da especialidade, em alguns casos feitas pelo próprio dono da loja.

Existem no mercado pedras de cálcio com vários formatos, o seu Periquito necessita de ter uma em permanência.

Estas aves gostam ainda de comer legumes frescos e fruta. Os legumes podem ser dados depois de bem lavados em água corrente.

Esperança de vida
O tempo médio de vida de um Periquito ronda os 10 anos.

tudo sobre maritacas

Maritaca

Maritaca é um termo popular para se referir as diversas espécies de aves da família dos psitacídeos. Dependendo da região, as maritacas são assim denominadas para as aves de médio porte, menores que os papagaios.
Dentre as diversas formas populares e regionais, a maritaca é também chamada de maitaca, baitaca, cocota, humaitá, maitá, sôia, suia, caturrita, entre outras tantas.
Quanto menor o grau de conhecimento em relação as diferenças entre as aves, a tendência é chamar de maritaca ou maitaca, todo o psitacídeo menor que o papagaio. Nesta lista, portanto podem entrar tanto as maitacas do gênero Pionus, como periquitões e jandaias do gênero Aratinga, como até mesmo os periquitos do gênero Brotogeris. Não seria de estranhar que atribuíssem esta denominação genêrica e generalizante, mesmo para um tuim(Forpus xanthopterygius). Os mais velhos e os habitantes da zona rural conseguem fazer uma distinção clara entre as diversas espécies e sabem diferenciar uma maitaca de um periquitão e de um periquito. Com a urbanização e com o pouco contato com a natureza perdeu-se este referencial. E como veremos abaixo, esta denominação é uma questão histórica e arraigada em nosso meio por nossa formação cultural.
Nas várias acepções do Dicionário Houaiss, temos para o termo maitaca, que é sinônimo de maritaca:
  • Substantivo feminino
  • 1 Rubrica: ornitologia. Regionalismo: Brasil. design. comum a diversas spp. de aves psitaciformes, da fam. dos psitacídeos, neotropicais, cujo corpo atarracado e cauda curta são semelhantes aos do papagaio; baitaca, humaitá, maitá, maritaca, sôia, suia.
  • 1.1 Rubrica: ornitologia. Regionalismo: Brasil. ave da fam. dos psitacídeos (Pionus menstruus) que ocorre da Costa Rica à Bolívia e ao Sudeste do Brasil, de plumagem verde, cabeça, garganta e peito anterior azuis, crisso e mancha no meio da garganta vermelhos [sin.: curica, maitaca-azul, maitaca-de-barriga-azulada, maitaca-de-cabeça-azul, maitaca-de-cabeça-roxa, maitaca-do-norte]
  • 1.2 Rubrica: ornitologia. Regionalismo: Brasil. ave da fam. dos psitacídeos (Pionus maximiliani) que ocorre em grande parte do Brasil, com cerca de 27 cm de comprimento, cabeça verde-anegrada, bico amarelo de base negra e partes inferiores da cauda vermelhas [sin.: maitaca-bronzeada, maitaca-de-face-verde, maitaca-de-garganta-azul, maitaca-de-maximiliano, maitaca-do-sul, maitaca-verde
  • 2 (1899)Regionalismo: Pernambuco e São Paulo. pessoa que fala sem parar; maritaca, papagaio, tagarela
  • Etimologia
tupi mbai'ta 'espécie de papagaio', comp. de mba'e 'coisa' e 'ta red. de 'taka 'ruído, barulho'; tb. adp. baitaca, maitá, maritaca etc.; f.hist. 1721 maitáca, 1783 maitacas
Abaixo seguem alguns exemplos que ajudaram na diferenciação das várias espécies:

Aratinga leucophthalma - periquitão-maracanã



  Registros de periquitão-maracanã no WikiAves

Aratinga leucophthalma (Aratinga leucophthalma)


O periquitão-maracanã possui a cabeça com forma “oval”. Coloração geral verde com os lados da cabeça e pescoço com algumas penas vermelhas, apenas as coberteiras inferiores pequenas da asa são vermelhas, sendo as grandes inferiores amarelas, chamando muito a atenção em vôo, região perioftálmica nua e branca, íris laranja, bico cor de chifre clara, pés acinzentados. Tamanho médio 32cm. Nos jovens as penas vermelhas da cabeça e sob as asas são ausentes, sendo de cor verde.
Habita florestas úmidas, semi-úmidas, pântanos, florestas de galeria e palmares de Buriti nas Planícies, até 2500 m. Não freqüenta regiões com rios de águas escuras, e em geral encontra-se em terras baixas. Voa em bandos de 5 a 40 indivíduos. Dormem coletivamente em variados lugares.
À leste dos Andes, desde a Colômbia e Venezuela até o norte de Argentina e Uruguai, incluindo parte da Amazônia e em quase todo o Brasil.

Pionus maximiliani - maitaca-verde



  Registros de maitaca-verde no WikiAves

Pionus maximiliani (Pionus maximiliani)


A maitaca-verde pesa cerca de 260g e mede 25 cm. Tem a cabeça cinza-azulada, abaixo do pescoço tem uma faixa roxa, bico amarelado, asas verdes e ponta do rabo vermelho. Emite vocalização muito similar a do papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva). A subespécie P. m. siy (presente na Bolivia) é mais escura na cabeça, com a parte de trás verde-amarelado e o azul da garganta mais claro.
Vive em uma variedade de hábitats que incluem florestas úmidas, de galeria, savanas e áreas cultivadas, até os 2.000 m. Geralmente gregário, voam em bando de 6 a 8 indivíduos, por vêzes até de 50 aves quando a comida é abundante. Costumam banhar-se em lagos para se refrescar. É um dos mais abundantes psitacídeos em sua área de ocorrência.
Ocorre desde o Nordeste, Centro-oeste e Sudeste do Brasil, Paraguai, Bolívia até o norte de Argentina.

Brotogeris tirica - periquito-rico



  Registros de periquito-rico no WikiAves

periquito-rico (Brotogeris tirica)


O periquito-rico apresenta uma coloração amarronzada na parte superior da asa. Também não tem penas amarelas no encontro, apenas algumas mais claras. Também conhecido como periquito, periquito-verdadeiro, periquito-verde. Típica da Mata Atlântica. Ocorre no Brasil Oriental, de Alagoas e da Bahia ao Rio Grande do Sul.

Brotogeris chiriri - periquito-de-encontro-amarelo



  Registros de periquito-de-encontro-amarelo no WikiAves

periquito-de-encontro-amarelo (Brotogeris chiriri)


O periquito-de-encontro-amarelo tem o encontro realmente amarelo e a pele branca que contorna o olho muito mais desenvolvida. Na parte superior da asa de B. chiriri, as partes escuras são muito mais discretas, tendendo à tons de verde oliváceo ou verde amarelado. Também conhecido como periquito-de-asa-amarela e periquito-estrela. É encontrado no Brasil Central e Oriental, Norte, Oeste e Sul da Bolívia, Nordeste da Argentina (Chaco, Formosa e Misiones), Leste do Paraguai, Uruguai e Peru. No território nacional, ocorre desde o Sul ao extremo do Pará (Serra do Cachimbo), Ceará, Maranhão, Bahia, Minas Gerais, Pantanal, Rio de Janeiro e São Paulo.
Para os desavisados será considerado como sendo Brotogeris tirica, com o qual é extremamente parecido, exceto pela marca amarela no ombro. Para complicar é comum vê-lo na cidade de São Paulo junto a esses periquitos. Torna-se a espécie predominante mais para o norte e oeste do estado.

calopsitas informações


 Calopsita é uma linda ave de origem australiana bastante difundida no mundo todo, inclusive aqui no Brasil já há bastante tempo! No seu habitat natural, costuma viver em regiões desérticas, chegando a viajar quilômetros de distância, em bandos,  a procura de alimento, próximo às águas dos rios. 
Predominantemente cinza na Natureza, ao longo do tempo foram surgindo variedades em sua coloração pelas mãos do Homem, o que chamamos de "mutações".
Realmente a Calopsita é muito especial! Seu jeito curioso e amigável, sua inteligência, deixam-nos encantados!  A facilidade em reproduzir sons, assobiar, imitar palavras,  e de ser domesticada,  faz com que, cada vez mais, pessoas busquem nesse pássaro um animal de estimação!  Veja a seguir algumas dicas de como melhor se relacionar com sua ave, e aprender um pouquinho a conhecê-la!


CARACTERÍSTICAS



Nome/Espécie :     Calopsita  (no Brasil)    
                            Caturra (em Portugal)
                            Cockatiel (na língua inglesa)
                            
Perruche calopsitte (na língua francesa)

                            Lorito de Copete (na Espanha)
Família : Cacatuidae
Ordem : Psittaciformes
Origem : Nativos da Austrália, aonde podem ser vistos na natureza, vivem em regiões áridas e semi-áridas do país.  Ave nômade, costuma voar em bandos acompanhando o ciclo das chuvas, em busca de alimentos. A reprodução ocorre no período das chuvas, pois a criação de filhotes fica ajustada à disponibilidade de grãos e frutos justamente nessa época.
Caracteristicas : A calopsita é um pássaro que vem conquistando cada vez mais as pessoas pelo seu jeito amigável e interativo, principalmente quando domesticado.  Apegam-se facilmente aos seus donos e os reconhecem de longe. Muito participativas e brincalhonas, são alegres e divertidas!  É considerada uma ave sociável, pois convivem bem com algumas espécies menores, desde que instalados em espaço adequado.
Tamanho : 30 cm (em média, quando adultos)
Peso  : 85-120 gramas
Longevidade : variável, dependendo se na natureza ou em cativeiro, podem chegar a 25 anos aproximadamente
Maturidade sexual : por volta dos 12 meses de vida
Reprodução : ano todo
Postura : 3 a 7 ovos (média)
Incubação : de 18 a 23 dias

Observação importante :

Pela legislação ambiental brasileira, a calopsita é considerada ave doméstica, conforme portaria nº 93 do Ibama.
Aves domésticas são aqueles que, através de processos tradicionais e sistematizados de manejo e melhoramento zootécnico, tornaram-se domésticos, possuindo características biológicas e comportamentais em estrita dependência do homem, podendo inclusive apresentar aparência diferente da espécie silvestre que os originou.  Portanto, a calopsita não é uma ave cuja criação, comércio e posse é controlado pelo IBAMA.

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JOHN GOULD





A calopsita, pássaro de origem australiana,  foi descrita pela primeira vez em livros em 1792, mas apenas no século XIX é que americanos e europeus a conheceram de perto.

Até então, a Austrália era um continente ainda não desbravado, que servia para colônias penais inglesas, e dentre os primeiros colonizadores estavam o ornitólogo e taxidermista inglês, John Gould e sua família.  Ele catalogou centenas de espécies naquela região, muitas ainda desconhecidas até então, e é a ele creditado ser a primeira pessoa a levar a calopsita para fora da Austrália,  contribuindo dessa forma para a divulgação da espécie.

Gould deu o nome à calopsita de "cacatua-papagaio". Naquela época, Jamrach, um dos mais sucedidos importadores de aves exóticas da Inglaterra, deu um nome diferente àquela ave de porte mediano com crista no alto da cabeça : "cockatiel" baseado na palavra holandesa "kakatielje" que significa cacatua. Na Austrália é conhecida como Quarrion (nome aborígene) ou Weero.

Em 1864, a calopsita já se tornara bem conhecida na Inglaterra como animal de estimação e em 1884, entre criadores europeus.

A primeira mutação (arlequim) surgiu nos Estados Unidos, em 1951.  A mutação pérola apareceu inicialmente na Alemanha, em 1967.  Os canelas, na Bélgica em 1968, seguidos dos fulvos.



UM POUCO DE JOHN GOLD

* 1804   + 1881 - John Gould


John Gould é reconhecido como um dos mais importantes pesquisadores e ilustradores ornitológicos do século 19.  Nascido em 14 de setembro de 1804, na Inglaterra,  desde cedo já tinha predileção pela história natural, seu maior incentivo foi por intermédio de seu pai, jardineiro de Windsor, a quem o auxiliava.  Gould não possuia formação universitária, todo seu conhecimento foi obtido através de experiência e observação.

Em 1827, já muito envolvido com o estudo das aves e a taxidermia* (arte de embalsar animais para fins científicos), aceitou o convite para ser curador do Museu de Zoologia de Londres.  Seu trabalho permitiu-lhe estar em contato com naturalistas e ter acesso a descoberta de novas coleções de espécimes recém descobertas que eram enviadas ao Museu por colecionadores do mundo todo, muitas delas nunca vistas antes na Europa.

No mesmo ano, casou com Elizabeth Coxen que se tornaria sua parceira na produção de uma longa série de monografias da história natural.  Juntos produziriam seu primeiro livro sobre as aves baseado em uma coleção de peles recebidas pelo Museu das colinas do Himalaia.  O livro foi publicado em volumes entre 1830 e 183 sob o título A Century of Birds Hitherto Unfigured from the Himalaya Mountains.
Elizabeth produzia uma grande parte dos desenhos de plantas, aves e mamíferos, enquanto Gold dedicava-se ao trabalho de observação  e elaboração dos rascunhos.  Esses desenhos eram posteriormente coloridos em processo litográfico. Gold era muito minucioso nas descrições dos espécimes e seus hábitos. Incapaz de encontrar uma editora para este primeiro livro, Gould publicaria por conta própria, não tão somente esta como as que viriam depois, tornando-se um empresário de sucesso.

* 1804  + 1841


Retrato de Elizabeth Gould pintado à óleo por artista desconhecido, depois de sua morte.
Ela está segurando em sua mão o exemplar de uma calopsita, seu animal de estimação, trazida de sua viagem à Austrália.



 (*) Taxidermia é a arte de montar ou reproduzir animais para exibição ou estudo. É a técnica de preservação da forma da pele, planos e tamanho dos animais (Hidasi Filho, J., 1976). É usada para a criação de coleção científica ou para fins de exposição, vem como uma importante ferramenta nesse processo conservacionistas, trazendo também uma alternativa de lazer e cultura para a sociedade e como principal objetivo, o resgate de espécimes descartados, reconstituindo suas características físicas e, às vezes, simulando seu habitat, o mais fielmente possível para que possam ser usados como ferramentas para educação ambiental ou como material didático.





















Em busca de novas e diferentes espécimes de aves, Gould esteve em diversos continentes.  Em 1838, John Gould e sua esposa viajaram para Austrália num intenso trabalho que durou 2 anos. John incansavelmente explorou milhas de distância em direção ao interior do continente, e dois de seus assistentes perderam suas vidas nessa expedição. Este acervo litográfico, distribuído em 7 volumes, faz parte de BIRDS OF AUSTRALIA.

Página interna do volume I
Birds of Australia




































 
Aqui a descrição da calopsita, chamada por ele na época de cockatoo-parrakeet .




Sua coleção de placas retrata a história natural é considerada por muitos como o melhor trabalho de ilustração de aves. Durante sua carreira, John Gould produziu algo em torno de 3.000 peças (placas) em 49 volumes retratando as aves e mamíferos de todo o mundo.  Gould contou com a colaboração de outros artistas, principalmente após a morte de Elizabeth.  O célebre artista e humorista Edward Lear foi um deles, e é de sua autoria inclusive a produção de 150 peças. Gold também escreveu mais de 300 artigos científicos e identificou 377 espécies de aves. Das 745 estimadas espécies que vivem na Austrália, 44% delas foram identificadas por Gould.  A estimativa é a de que Gould descreveu entre 300 a 328 aves e 45 mamíferos do continente australiano.
A técnica aplicada para a produção dessas impressões (litografia) exigia um cuidadoso trabalho técnico e artístico.  Os esboços originais de Gould eram transferidos para pedra com o uso de lápis especiais ou giz.  Os desenhos eram imprimidos manualmente a partir das pedras, e a cada impressão eram coloridos à mão.  Como essas impressões eram muito caras na época, somente poucas centenas de pessoas ou instituições podiam adquirí-las, daí a razão de sua raridade.

Gould morreu em 1881 deixando um legado inestimável de beleza e conhecimento científico.  Escolheu seu próprio epitáfio : "John Gould, o homem pássaro".