segunda-feira, 1 de agosto de 2011

agapornis


Com seus encantos na aparência e temperamento, este é um verdadeiro pássaro de estimação.

Ele é um dos pássaros mais populares no mundo pela facilidade de criar em cativeiro, temperamento manso que o faz subir no ombro e dormir no nosso colo e beleza com grande diversidade de cores, exibidas nas 43 mutações existentes.
Habita o continente Africano. A espécie Cana vive na Ilha de Madagascar e outros ao redor. Foi descoberto em 1793 e trazido à Europa em torno de 1860, na sua cor selvagem verde. Hoje, graças aos criadores, encontram-se muitas colorações, como cara laranja, branca, vermelha, amarela, e corpo canela, azul-pastel, malva, violeta, arlequim (pintas aleatórias), branco, amarelo, verde-dourado (golden cherry) e várias nuances dessas cores.

DIVERSIDADE

Faz parte do grupo das Araras, Papagaios, Tuins e Cacatuas, todos da família dos Psitacídeos. Possui 9 espécies: Cana, Taranta, Pullaria, Swinderiana, Roseicollis e as de aro branco ao redor dos olhos - Fischeri, Personata, Lilianae e Nigrigenis. Dentre elas, a mais popular é a Roseicollis que cria melhor em cativeiro e tem mais cores, 17. Originalmente é verde com a testa e metade do peito em vermelho "degradé". O Fischeri, verde com testa e peito laranja avermelhado, é também muito procurado. Suas mutações, no total de 10, são relativamente recentes. Ameaçado de extinção, só pode ser comercializado anilhado. O Pullaria é verde com testa e pescoço vermelho forte com bordas amarelas e, debaixo das asas, cinza (fêmea) ou preto (macho). É o mais sensível e difícil de procriar em cativeiro. Já o Swinderiana, de cor verde intenso, não é criado em cativeiro por só comer um tipo de figo nativo. O Cana é o menor, com cerca de 14 cm e tem apenas 1 mutação. A cor selvagem do macho é verde com cinza no pescoço, cabeça e papo e na fêmea tudo é verde com um sombreado preto na cabeça. O Taranta, originalmente verde-garrafa com máscara e só o macho com testa vermelha, é o maior alcançando 17 cm.

BRINCADEIRA

Depois de acasalado, dificilmente um casal se separa, permanecendo unido até a morte. São sempre vistos na natureza, voando aos pares dentro do bando. Carinhosos, trocam "beijos" e alimentos dentro do bico, com o parceiro. Comem geralmente no chão, sementes, cereais, milho e frutinhas silvestres. Muito mansos, ativos, cheios de energia e curiosos são excelentes animais de estimação, especialmente quando alimentados na mão desde filhotes. Daí, aprendem a confiar e a se divertir conosco. Empoleiram-se e aninham no colo, assobiam para nos chamar, respondem ao nome e podem aprender uma série de truques. Adoram passar horas com brinquedinhos e fazem mil acrobacias.

FICHA

Alimentação: Dois potes. Um com de mistura de sementes (girassol, painço, painço verde, alpiste, aveia com casco, cártamo, niger e colza) e outro com farinhada à venda em lojas (3 partes de CéDé - ração para Agapórnis - e 1 parte de complemento - semente germinada de trigo, milho verde cru debulhado e verduras, exceto alface). Na procriação e para o casal com filhotes, dê diariamente ¼ de giló ou 1 pedaço de 3 a 4 cm de milho cru. Para afiar o bico e o necessário reforço à mãe na procriação, dê pedra de cálcio.
Instalações: o ideal é um gaiolão de arame galvanizado de 80x50x50cm para um casal. Podemos empilhar até 3 dessas gaiolas sobre um pedestal a 50 cm do chão, sem prejudicar o manejo. Em viveiro colocar aves da mesma cor e de 1 só espécie, mesmo assim podem brigar. Para 2 casais, use os de 1x1x1m e até 4 casais 2x1x2m. Em local com sol da manhã, sem correnteza, não abafado ou quente (ajuda alastrar doenças respiratórias e mata filhotes dentro do ovo). O mínimo de poleiros (nos gaiolões só 2) e com 2 diâmetros (um pouco menor que um cabo de vassoura e outro de 12,5 mm). Comedouros e bebedouros de cerâmica vitrificada ou de louça.
Procriação: ninho de caixa de madeira vertical ou horizontal, próprio para a espécie, com abertura de 5 cm e poleiro de 4 cm na frente, no fim do verão e por 3 posturas até separar os filhotes com 60 dias. Em viveiros, pôr bem distante e 50% a mais de ninhos que de casais. Retirar o ninho por 3 a 4 meses para descanso dos pais. Forração: palha de milho, palha de vassoura, chorão, capim barba-de-bode, talo de coqueiro ou palha de embalagem de frutas e louças. Os de aro branco preferem roer madeira de pinho ( a das caixas de maçã). É importante desvermifugar (vermífugo de amplo espectro) antes do acasalamento para evitar ovos atravessados. Põem de 3 a 7 ovos. Eclosão de 22 a 24 dias. O Cana, Taranta e Pullaria têm dimorfismo sexual. Para identificar os outros consulte um criador.
Agradecemos a Paul Richard Wolfensbereger, criador de Agapórnis pela consultoria.
Reportagem e redação: Carmen Olivieri. Edição de texto: Marcos Pennacchi
Foto: Fernando Torres de Andrade
Prop.: Brazilian Ornamental Fishes

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